Arquivo da categoria: SAGRADO E PROFANO

NATUREZA HUMANA

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GEORGES BATAILLE … O EROTISMO

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Etnólogo confessadamente apaixonado, FILÓSOFO que quer superar os limites da ciência assumida pela filosofia, Georges Bataille encontra em seu objeto — o EROTISMO — a chave para desvendar o aspecto mais fundamental e determinante da NATUREZA HUMANA. Aquele ponto em que o homem é ao mesmo tempo social e animal, humano e inumano, além de si mesmo. Nesta obra, os impulsos da religião cristã e os da vida erótica aparecem em sua unidade:

 

“O ESPÍRITO HUMANO está exposto às mais surpreendentes injunções. Constantemente ele teme a si mesmo. Seus movimentos eróticos o apavoram. A SANTA afasta-se com terror do SENSUAL: ela ignora a unidade das paixões inconfessáveis deste último com as suas. Entretanto, é possível procurar a coesão do espírito humano, cujas possibilidades vão da santa ao sensual.” (GEORGES BATAILLE).

 

“O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.”(Eduardo Galeano).

 

“O conflito entre ÉTICA e SEXUALIDADE, em nossos dias, não é uma mera colisão entre instintividade e moral, mas uma luta para justificar a presença de um instinto em nossas vidas e para reconhecer neste instinto um poder que procura sua expressão, e com o qual, manifestadamente, não se pode brincar e que, por isso, também não quer se submeter às nossas bem-intencionadas leis.” (CARL G. JUNG).

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“Quem experimenta a BELEZA está em comunhão com o SAGRADO.” (Rubem Alves).

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DOWNLOAD BOOK:

<https://www.docdroid.net/W2abV1z/georges-bataille-o-erotismo-pdf>

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VÍDEO DE GEORGES BATAILLE:
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Georges Bataille – Biografia:
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TRAGÉDIA GREGA: APOLO & DIONÍSIO

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APOLO e DIONÍSIO

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São ambos filhos de Zeus: Apolo é o deus da razão e o racional, enquanto que Dionísio é o deus da loucura e do caos. Os gregos não consideravam os dois deuses como opostos ou rivais, embora, muitas vezes, as duas divindades estavam entrelaçadas pela própria natureza.

Como vemos, no interior do HOMEM temos duas forças tremendas que se digladiam no campo de batalha da VIDA: o DESEJO (sentidos) e o AMOR (razão). Mas as duas forças são importantíssimas para nossa sobrevivência, para nossa vida.

Essa dualidade grega, apropriada pela filosofia de Nietzsche, é uma explicação perfeita para toda essa relação entre CAOS e ORDEM, ambos representando uma idealização quase utópica, inatingível, das expressões humanas.

O caos total, dionísico, das tragédias é autofágico: no final quase sempre há mortes e um fim dramático que determina, paradoxalmente, o início de um novo status quo para os envolvidos. Caos, afinal, é instável, insuportável por tempo demais.

As artes apolíneas, por sua vez, são atemporalmente perfeitas – mas também inatingíveis, incapazes de expressar a vida como ela realmente é.

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NIETZSHE

FRIEDRICH NIETZCHE

Loucura em Turim – Itália

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Em outras palavras: o excesso de caos é tão quente que não consegue se sustentar por muito tempo; e o excesso de ordem é tão frio que não consegue representar a realidade de maneira efetiva

O uso dos conceitos de Apolíneo e Dionisíaco estão notoriamente ligados a Nietzsche que os utilizou na estética, tendo-os mais tarde desenvolvido, filosoficamente, pela primeira vez, em seu livro O Nascimento da Tragédia, que foi publicado em 1872. Sua premissa principal foi de que a fusão dos “Kunsttriebe” (“impulsos artísticos”) Dionisíaco e Apolíneo formava as artes dramáticas, ou tragédias. Ele continua a argumentar que esta fusão não tenha sido alcançado desde as tragédias gregas antigas. Nietzsche afirma que as obras de Ésquilo e Sófocles representam o ápice da criação artística, a verdadeira realização da tragédia; ele afirma que é com Eurípides que a tragédia começa sua queda (“Untergang“). Nietzsche crítica o uso do racionalismo socrático (a dialética) por Eurípides, em suas tragédias, alegando que a infusão da ética e da razão rouba da tragédia sua fundação, o frágil equilíbrio de Dionisíaco e Apolíneo.

A harmonia entre o apolíneo e o dionisíaco em NÓS, é fundamental para nossas vidas! Devendo, entretanto, toda dosagem seguir ou se alinhar ao conselho de um de nossos grandes mestres, o médico e psiquiatra brasileiro, A. da Silva Mello:

Toda e qualquer FILOSOFIA religiosa, política ou social deve ser julgada pelo seu grau de HUMANISMO, de quanto está ela de acordo com a NOSSA VIDA, podendo ser-lhe útil e vantajosa.

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Bibliografia:

1. Nietzsche e o cavalo de Turim, autoria de Homero Nunes. Disponível em:

<http://issocompensa.com/sem-categoria/nietzsche-e-o-cavalo-de-turim>

2. O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA, autoria de Friedrich Nietzsche. Disponível em:

<https://aletp.com.br/wp-content/uploads/2017/12/nietzsche-o-nascimento-da-tragedia.pdf>

LINDA VENUS

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NAS PROFUNDEZAS DA PSIQUE: REAPROXIMAÇÃO DE OPOSTOS

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SEXO – REALIDADE UNITÁRIA

Comunhão de Opostos

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À medida que esse DEUS intangível tornou-se a representação absoluta do bem, coube à natureza humana carregar a projeção do mal – o que exprime a implacável inimizade existente entre o patriarcal e o matriarcal ou GRANDE MÃE PAGÃ. Pois mater, que é MATÉRIA, significa feminino, a alegre experiência da matéria no êxtase sensual, a carne instintiva. Como a NATUREZA tornou–se maligna e pagã, os domínios do DIABO tiveram de ser subjugados e mortificados pela parte divina do homem.

Assim, portanto, a Natureza se tornou maliga e pagã pela introdução das ideias tradicionais da teologia judaico-cristã em nossa civilização.

Foi, então, com o advento do CRISTIANISMO – incorporado às correntes de forças ascendentes do inconsciente -, que se exigiu ao desenvolvimento do homem ocidental uma repressão da vida instintiva a fim de que a CONSCIÊNCIA melhor se diferenciasse. Uma vez obtida essa diferenciação dos opostos: Deus -Diabo, Bem – Mal, Instinto – Espírito, Sagrado – Profano, que foi psicologicamente necessária ao afinamento da sensibilidade do homem ocidental, parece que muito lentamente se está preparando, nas PROFUNDEZAS DA PSIQUE, uma nova reaproximação entre opostos, reaproximação que se realiza, porém, num nível mais alto que aquele de sua primitiva coexistência. Nas produções do inconsciente vão se acentuando os sinais anunciadores de que se delineia uma futura coordenação de forças onde os INSTINTOS (o animal em nós – o profano) venham a ser integrados aos valores ESPIRITUAIS (o sagrado) de nossa cultura.

Na verdade, é importante frisar, essa reaproximação de opostos, sim, é um redespertar das visões de REALIDADE UNITÁRIA do ser humano-mundo, as quais foram reprimidas pelo pensamento tradicional judaico-cristão.

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Bibliografia

1. PSIQUE E SUBSTÂNCIA. Autor Edward C. Whitmont.

2. JUNG – Vida e Obra. Autor Nise da Silveira.

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