Arquivo mensal: maio 2010

OBJETIVOS E CAMINHOS!!!

17909210_1291996034249299_1181215648_nFonteles, Rogério Castro

Pós-Graduado em Física pela Universidade Federal do Ceará  

Necessário se faz sempre, aqui, procurarar responder as criticas de nossos visitantes, procurando então esclarecer algumas questões no que diz respeito aos objetivos e aos caminhos que priorizamos em nosso blogue… Já se vão quase quatro anos desde que iniciamos nossas pesquisas, ao longo desse tempo, vários fatos ocorreram: alguns positivos, outros negativos, entretanto, todos muito importantes para nosso amadurecimento. Nas palavras de Mário Quintana“quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão… que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… que valeu a pena“.

“Suponha que a vida que se leva seja representada pela variável x(t) , de modo que a equação dx(t)/dt = f(x(t),t) determina sua variação com o passar do tempo t. A função f especifica como cada um de nós é.

Normalmente, temos uma rotina, horários e hábitos que se repetem. Por isso, o regime permanente de x(t) deve ser aproximadamente periódico, expresso pela função xpermanente (t). E esse comportamento é, em geral, assintoticamente estável: eventuais perturbalções tendem a ser amortecidas a acabam por desaparecer: em alguns minutos, troca-se um pneu furado; em algumas horas, a festa de aniversário termina; em alguns dias, fica-se curado de um resfriado. Essas perturbações afetam, apenas de maneira transiente, nosso dia-a-dia. Assim, x(t) tende para xpermanente (t) conforme o tempo passa, isto é, para t tendendo para o infinito ().

É inevitável, porém, passamos por momentos críticos, capazes de nos alterar internamente, como aqueles que envolvem nascimento e morte de pessoas queridas, grandes conquistas ou terríveis frustações. Esse tipo de perturbação afeta como somos, modificando nossa função f. Às vezes, ficamos homeomórficos ao que éramos; outras vezes, não. Descobimos isso comparando as características das soluções xpermanente (t) , ou seja, os regimes permanentes antes e depois do evento crítico. Só então percebemos se tínhamos estabilidade estrutural: se tínhamos, nossa vida fica qualitativamente igual ao que era; se não, nos damos conta que passamos por mais uma bifurcação. Algumas bifurcações nos levam ao caos, outras nos tiram dele.

Este tratamento matemático da função f é realizado na teoria de Sistemas Dinâmicos, como o nome indica, esta teoria cuida daquilo que varia com o tempo. Algum dia será talvez possível filosofar com a vida, usando sua linguagem. No passado, a Astronomia, a Engenharia e a Física motivaram avanços nessa área da Matemática; mais recentemente, a Biologia, a Economia e a Química parecem ter cumprido esse papel. Em breve, talvez, a Filosofia, a Psicologia e a Sociologia sirvam de inspiração. Seria interessante (e polêmico) descrever o comportamento e o pensamento humanos com esse tipo de formalismo.” (Luiz Henrique Alves Monteiro). 

Mas, a maioria dos pesquisadores das ciências, principalmente no presente, como todos sabem, procuram ficar bem distantes de qualquer assunto ligado à religião, ao misticismo, ou a qualquer outro assunto que não seja aprovado pela comunidade científica institucionalizada: é justificável tal atitude e concordamos plenamente com tal regulamento, pois,  evita vários mal entendidos e, principalmente, a proliferação de teorias absurdas. Porém, não é crime as abordagens heterodoxas, principalmente, quando estas estão devidamente embasadas cientificamente. Isto está respaldado pela passagem acima retirada do livro de matemática sobre SISTEMAS DINÂMICOS, autor Luiz Henrique Alves Monteiro, o qual foi candidato ao Prêmio Jabuti de 2003, na categoria de Ciências Exatas. 

          

“DUAS COISAS ENCHEM A ALMA DE ADMIRAÇÃO E REVERÊNCIA TANTO MAIORES QUANTO MAIS E MAIS INTENSAMENTE A REFLEXÃO SE CONCENTRAR NELAS: O CÉU ESTRELADO ACIMA DE MIM; E A LEI MORAL DENTRO DE MIM.”(EMMANUEL KANT)

Isaac Newton já afirmava que ciência e religião são duas coisas totalmente distintas. Aqui, na verdade, não estamos misturando tais coisas… Esta mistura, quando é estabelecida, o que em geral se observa, acontece simplesmente pelo sucesso que a ciência tem alcançado em todas as áreas do conhecimento, realizando verdadeiros milagres: dai, assim, alguns buscarem o aval da ciência, toda poderosa, para o estabelecimento de seus planos doutrinários (não estou afirmando que tal não seja válido, pois, hoje, com os avanços proporcionados pela moderna física quântica no conhecimento da estrutura do Universo, a fronteira entre a religião e a ciência se torna, cada vez mais, menos nítida). Não obstante, procuramos, aqui, somente esboçar uma possível estrutura na qual possamos pensar a física e a psicologia através de um mesmo paradígma. Quanto aos caminhos, sim, deveremos trilhar aqueles já bem conhecidos por todos os pesquisadores. Newton, muitas vezes, justificava seu grande sucesso por ter, ele mesmo, se erguido sobre os ombros de gigantes (Galileu, Arquimedes, Euclides, etc)… Imaginem, então, nós! Ainda, não vemos mal algum em se tentar naturalizar o conhecimento humanístico em geral, desde, claro, que isto possa trazer alguma vantagem para nossa sociedade.

De forma bastante precisa e exata a metodologia que buscamos aplicar em nossa pesquisa sobre FISICAPSICOLOGIA coaduna-se com as palavras de M. D Mágno abaixo (ver também vídeo acima): 

“Nossa espécie, ao invés de evoluir biologicamente segundo a Teoria da Evolução de Darwin (ou melhor, o homem ao invés de transformar-se corporalmente num monstro capaz de ter todas as faces e a qualquer hora ser capaz de trocar de cor, trocar de sexo, trocar de cabelo, etc.), ela simplesmente começou a secretar um PORTIÇO que é capaz de mapear as coisas mesmo que não possa transformá-las. E tal portiço são as linguagens, isto é, as línguas que a gente fala, todos os aparelhos discursivos de invenção, de ciência, de filosofia, de religião, etc. Mas, denominamos este portiço de SECUNDÁRIO, pois, apesar dele ter a mesma estrutura do PRIMÁRIO originário da Natureza, é “software” e não “hardware”. Então, secretando esse software, secretando esse portiço, o homem pode fazer mil conjecturas até achar uma linguagem (modelo, teoria) que fica parecido com o funcionamento da coisa dura lá do primário e intervir neste através desse conhecimento, dessa linguagem, desse modelo, dessa teoria. É assim que tem funcionado. Portanto, nós somos “macacos” inteiramente primários constituídos de matéria (mas somos piradinhos, não queremos o assim, queremos o assado, também, ou pelo menos gostaríamos de querer) que, através da aplicação de um portiço sobre um primário dado, conseguimos transformá-lo quando temos poder para isto, potência para isto, força para isto, condições para isto, quando podemos pagar o preço da transformação.”

Na atual fase de nossos estudos, portanto, deveremos, após uma grande sacudida geral de tudo que postamos e além, estabelecer os pontos de vista ontológico, epistemológico, semântico e metodológico com relação ao objeto de nosso estudo. Isto faremos de forma semelhante ao estudo realizado por Paul M. Churchland em seu livro MATÉRIA E CONSCIÊNCIA: esta obra transformou-se, em dois sentidos, numa referência obrigatória no campo da ciência cognitiva e filosofia da mente;  porém, ainda, tudo limitado às hipóteses de Jung e Pauli. Como sempre temos dito, é um  audacioso projeto: os desafios são grandes, porém, não custa tentar. Um grande abraço a todos e sejam bem-vindos ao nosso espaço, à nossa casa.

 

 

POSTED BY SELETINOF 2:30 PM 

 

TENHO DÓ DAS ESTRELAS!!!

 
POSTED BY SELETINOF 10:12 AM